quinta-feira, 2 de julho de 2015

PARA QUE SERVE A POESIA (4)

A Poesia tem um quê de sagrado. Serve para imantar alguém. Nos momentos críticos foi farol de muitos. Lembrar Mandela a se aferrar em um poema em uma cela: “Eu sou o capitão da minha vida”. As palavras poéticas são faróis. Ajudam a alimentar o espírito, a não permitir que endureça o coração. Poesia é chuva só que a água é a própria essência do que deve ser um Deus. Concretamente, para os que vivem o que pode ser apenas decodificado em matéria do tempo globalizado, a Poesia não serve para nada. O início da História do Mundo foi descrita pelos poetas. Os que inscreveram em cavernas, antes da palavra falada. E mesmo muito dos tempos ditos primitivos e antigos, foi possível entender graças aos poetas. Aí estão a Ilíada e a Odisseia como registro de Arte e História. A Poesia escrita é uma fonte de beleza a qual poucos recorrem. Mas ninguém fica imune à Poesia, ela é o Sublime, o Transcendental, a ponte para outra dimensão que eleva o Ser e amplia Visões, Entendimento e Compreensão. Está em Toda Parte. Poesia necessita um receptor. Ela sempre estará lá. Onipresente, a tornar a vida mais amena, a embalsamar em invisíveis ataduras curativas nossas almas.

Bárbara Lia – poeta e romancista (Curitiba, PR).





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